Um... Blog?

Cheguei aqui. Fiz meu blog.

Eu realmente tenho sentido a necessidade, nos últimos meses, de ter um lugar para escrever basicamente qualquer coisa que viesse à minha mente.

No twitter eu já faço isso, mas o espaço é limitado. Se eu tivesse um espaço realmente meu eu poderia colocar mais linhas de coisas aleatórias.

Porém o formato blog não estava de fato me agradando. E não que eu seja um ser muito diferente não, é que gosto de escrever no bloco de notas, sem formatação, a ideia de formatar o texto atrapalha, tira minha velocidade, gosto de deixar isto para o final.

O negócio é que quanto estou fazendo trabalhos, por exemplo, no Word, quando as coisas começam a sair do lugar por causa de uma formatação mal feita que fiz, eu fico angustiado, querendo consertar as coisas e acabo perdendo mais tempo tentando mexer com formatação do que de fato digitando o texto.

Por isso amo digitar trabalhos no latex. Só que esse cara é outro problema. Muitas chaves, contrabarras… Outra coisa que tira a velocidade da digitação. Só que de uns tempos para cá, conforme fui ganhando mais experiência em programação, conheci o markdown.

Que belezinha né? Resume muita coisa e deixa você digitar em paz. O markdown aumentou tanto minha agilidade na produção do texto, que adaptei um modelo de latex para que eu possa digitar em markdown e importar o arquivo, assim a digitação fica mais limpa e mais rápida. Mas claro que isso é para casos bem específicos. Nos meus trabalhos acadêmicos continuo usando o velho e bom latex.

E onde quero chegar com essa divagação sobre digitação de texto? É que quero mostrar porque o formato blog não me agrada. Muitos desses gerenciadores de conteúdo te dão uma janelinha com opções de formatação, e como não gosto de mexer com isso, queria uma forma de poder fazer meus posts em algo sem esta dita-cuja.

Então foi que conheci a hospedagem de páginas estáticas. Se o leitor não sabe como funciona, vou resumir: você digita tudo no seu computador (os famosos arquivos html) e coloca num servidor. Bum! Lá está o seu site. No entanto, se eu gosto de agilidade, a última coisa que quero fazer é digitar html…

E se eu pudesse utilizar markdown? De começo, eu não sabia que o formato já tinha sido feito para facilitar a postagem de conteúdo na web. Na verdade, eu imaginava que o markdown era coisa do github. Lendo a respeito foi que descobri que a verdadeira história.

Então descobri o formato que era o ideal, pelo menos para os dias de hoje, para mim: gerenciadores de sites estáticos. Você escreve em markdown, ele lê, gera o html para você e o resto é só felicidade. Só por via de curiosidade, estou usando o Jekyll.

E, claro, ainda não falei do meu editor de texto. Sei que lá em cima eu disse que gostava do bloco de notas, mas foi para facilitar o entendimento da história. Na verdade, eu simplesmente amo o vim. Ele é o sinônimo de agilidade que preciso. O editor tem vários comandinhos de teclado que facilitam a minha vida na hora de digitar. Mas não vou entrar em detalhes sobre seu funcionamento, tem muitos tutoriais por aí. ;)

Então juntando esse bolo todo, que é vim + blog estático, eu tenho o meu sonhado formato ótimo de postar aleatoriedades. E cá estou eu usando.

Ah, e outra vantagem que posso destacar das postagens estáticas é que eu posso sempre ter tudo baixado no meu pc, e zipar as coisas para guardar em qualquer lugar fica bem simples. Só de pensar em ter que entrar em um banco de dados para fazer backup das minhas postagens me dá arrepio. Não, não, não! É bem mais simples que fique tudo em texto. Fica fácil de ler em qualquer lugar, principalmente porque a coisa está toda em markdown.

Ainda não estou completamente satisfeito, no entanto. Queria um tema mais legal, mas o pouco tempo que tive até agora foi para arranjar este. Inclusive, vou postar uma foto do tema atual só por lembrança, para caso eu troque no futuro:

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E sobre o nome, para também deixar registrado, é que :wq é o comado que sempre dou no vim antes de terminar o trabalho. Ele significa, basicamente, salvar e sair. E claro que isso não é exclusividade minha. Mas quando digito isso, me vem o sentimento de dever cumprido. E metalinguisticamente, é exatamente o que vou fazer depois desta frase. Até o próximo post.